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Fato verificado

A dependência química é um transtorno crônico e recidivante caracterizado pela busca e uso compulsivos de drogas, apesar das consequências adversas. É considerado um transtorno cerebral, pois envolve alterações funcionais nos circuitos cerebrais envolvidos na recompensa, no estresse e no autocontrole. Essas alterações podem durar muito tempo depois que a pessoa para de usar drogas (1, 2).

Dependência Química

Em 1952, a primeira edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-I) incluiu descrições de transtornos por abuso de substâncias. Entretanto, foi somente no DSM-III, em 1980, que a “dependência química de substâncias” tornou-se uma categoria diagnóstica distinta. Essa distinção foi essencial para o reconhecimento de que a dependência envolve elementos fisiológicos, psicológicos e comportamentais (3).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) desempenhou um papel central na padronização da terminologia global, substituindo “vício” por “dependência” em sua Classificação Internacional de Doenças (CID), com o objetivo de evitar conotações estigmatizantes. Atualmente, termos como “transtorno por uso de substâncias” são cada vez mais usados para descrever um espectro de comportamentos e consequências relacionados ao uso de substâncias (4).

No Brasil, em uma pesquisa realizada nas 107 principais cidades brasileiras, constatou-se que 68,7% da população já fez uso de álcool ao longo da vida, enquanto 41,1% relataram ter utilizado tabaco. O uso de maconha foi mencionado por 6,9% dos participantes, e 2,3% afirmaram já ter usado cocaína. O abuso de inalantes atingiu 5,8% da amostra, o uso de estimulantes foi de 1,5%, e os benzodiazepínicos foram utilizados por 3,3% das pessoas ao longo da vida. Apenas quatro indivíduos relataram ter usado heroína, o que representa cerca de 0,04% da amostra total (5). 

Tipos de dependência quimica

A dependência de drogas se manifesta de muitas formas diferentes, muitas vezes dependendo da substância que está sendo usada, de seus efeitos farmacológicos e do padrão de consumo do usuário. Essas são as categorias mais comuns e reconhecidas de dependência de drogas.

Dependência de opioides

A dependência de opioides é uma das crises de saúde pública mais críticas do mundo atual, especialmente na América do Norte. Os opioides são substâncias que atuam nos receptores opioides do cérebro para produzir efeitos de alívio da dor e euforia.

Os opioides incluem medicamentos prescritos, como oxicodona, hidrocodona, morfina e fentanil, e drogas ilícitas, como a heroína. São usados para aliviar a dor, mas podem causar dependência.

Os opioides apresentam perigos significativos, sendo o principal deles o alto risco de overdose fatal. A interrupção do uso pode causar sintomas de abstinência intensos, como dores, náuseas, ansiedade e insônia.

O uso prolongado também pode alterar o funcionamento do cérebro a longo prazo. Além disso, quando injetados, os opioides aumentam o risco de infecções graves, como HIV e hepatite, devido ao compartilhamento de seringas (6).

Dependência de estimulantes

Os estimulantes são uma classe de drogas que aumentam a atividade do cérebro e do sistema nervoso central, levando a um estado de alerta elevado, maior energia, melhor concentração e euforia. Embora alguns estimulantes sejam prescritos, eles podem ser usados de forma indevida.

Estimulantes comuns incluem drogas ilegais como cocaína, metanfetamina e crack. Elas aumentam a atividade do sistema nervoso, mas têm alto risco de dependência e efeitos nocivos.

O abuso de estimulantes pode causar sérios danos ao coração, incluindo risco de infarto, derrame e até morte súbita. Também está associado a distúrbios mentais, como psicose, ansiedade intensa e insônia crônica. Outras consequências incluem perda de peso extrema, desnutrição e isolamento social, acompanhados por paranoia e desconfiança excessiva (7).

Dependência de depressores

Os depressores (também conhecidos como sedativos ou tranquilizantes) são substâncias que reduzem a estimulação cerebral e induzem ao relaxamento, ao sono e ao alívio da ansiedade. Muitas vezes são prescritos para fins médicos legítimos, mas são usados por seus efeitos calmantes.

Depressores comuns incluem benzodiazepínicos como alprazolam, diazepam, lorazepam e clonazepam; barbitúricos como fenobarbital e secobarbital; e medicamentos para dormir como zolpidem e eszopiclona. Eles reduzem a atividade do sistema nervoso central e são usados para tratar ansiedade, insônia e convulsões.

Os principais riscos dos depressores incluem depressão respiratória e coma, convulsões fatais durante a abstinência, prejuízo cognitivo e perda de memória, além de dependência física mesmo após curto período de uso (8).

Dependência de Cannabis

A cannabis (maconha) é uma das substâncias psicoativas mais usadas em todo o mundo. Embora a legalização em muitas regiões tenha reduzido seu estigma, é cada vez mais regular o uso por adolescentes e adultos jovens.

O uso de cannabis pode ocorrer de várias formas. A mais comum é a inalação, seja por meio de cigarros artesanais (baseados), blunts, cachimbos ou bongos. Também é popular o consumo de comestíveis, como alimentos e bebidas que contêm infusão de THC. Além disso, há os concentrados, como óleo de haxixe, cera e shatter, que possuem alta concentração da substância ativa.

O uso de cannabis pode causar diversos danos quando iniciado na adolescência, como o comprometimento do desenvolvimento cerebral. Também pode levar à redução do desempenho acadêmico ou ocupacional, além de aumentar o risco de desenvolver transtornos como ansiedade, depressão ou psicose. Nas formas fumadas, o uso prolongado pode provocar danos pulmonares de longo prazo (9).

Dependência de alucinógenos

Os alucinógenos são drogas que alteram a percepção, o humor e os processos cognitivos. Eles fazem com que os usuários tenham alucinações – sentidos distorcidos da visão, do som e do tato – bem como mudanças profundas na consciência e na autoconsciência.

Os alucinógenos mais comuns incluem o LSD (dietilamida do ácido lisérgico), a psilocibina encontrada nos chamados cogumelos mágicos, o PCP (fenciclidina), o DMT (dimetiltriptamina) e a cetamina, que também é classificada como um anestésico dissociativo. Essas substâncias são conhecidas por alterarem a percepção, os pensamentos e as sensações, podendo causar intensas experiências sensoriais e cognitivas.

O uso de alucinógenos pode acarretar diversos riscos, como “viagens ruins” que resultam em ataques de pânico ou episódios psicóticos, além de flashbacks que podem ocorrer semanas ou até meses após o consumo. O julgamento prejudicado sob efeito dessas substâncias pode levar a comportamentos perigosos, e, em alguns casos, o uso pode desencadear ou agravar problemas de saúde mental duradouros (10).

Dependência de inalantes

Os inalantes são um grupo diversificado de substâncias voláteis que produzem vapores químicos, que os usuários inalam para obter um efeito que altera a mente. Em geral, são produtos domésticos ou industriais e são perigosos devido à sua acessibilidade e aos efeitos rápidos e imprevisíveis.

Os inalantes mais comuns incluem solventes como diluente de tinta, gasolina e cola; aerossóis como tinta em spray, desodorantes e sprays de cabelo; e gases como butano, propano e óxido nitroso (conhecido como “whippets”). Essas substâncias são inaladas para provocar efeitos psicoativos rápidos, mas envolvem sérios riscos à saúde.

O uso de inalantes representa sérios riscos à saúde, incluindo danos cerebrais, perda de memória, insuficiência hepática e renal, além de sufocamento ou falência cardíaca. Também pode causar danos irreversíveis aos nervos, levando a espasmos musculares e outros problemas neurológicos permanentes (11).

Polidrogadição

O uso de polidrogadição – o uso simultâneo ou sequencial de mais de uma droga – é cada vez mais comum e perigoso. As pessoas podem combinar substâncias para intensificar os efeitos ou neutralizar determinados efeitos colaterais. Por exemplo, a mistura de álcool e benzodiazepínicos aumenta a sedação, enquanto o uso de estimulantes com depressores (como o “speedballing”) pode mascarar os sintomas de overdose até que seja tarde demais.

A polidrogadição, ou uso simultâneo de múltiplas substâncias, apresenta perigos significativos, como o aumento do risco de overdose acidental e interações medicamentosas imprevisíveis e potencialmente letais. Além disso, favorece o desenvolvimento rápido de tolerância e dependência, tornando a abstinência e o tratamento mais complexos e desafiadores (12).

Dependência de estimulantes

Para entender a dependência, é preciso observar como as drogas afetam o cérebro. A maioria das drogas que causam dependência aumenta a liberação de dopamina, um neurotransmissor envolvido no prazer e na recompensa. Com o tempo, o cérebro se adapta a esses níveis elevados de dopamina, produzindo menos naturalmente. Isso torna as atividades cotidianas menos prazerosas e reforça o comportamento de consumo de drogas.

Desejo e compulsão

Uma vez viciado, o usuário experimenta desejos intensos que se sobrepõem à lógica e ao autocontrole. Isso leva ao uso compulsivo de drogas, mesmo quando a pessoa sabe que é prejudicial (13).

Negação e racionalização

Os viciados geralmente negam seu vício ou justificam seu comportamento. Eles podem dizer: “Posso parar a qualquer momento”, ou culpar o estresse, os relacionamentos ou o trauma (14).

Alteração na tomada de decisões

O vício afeta o córtex pré-frontal, a parte do cérebro responsável pela tomada de decisões e pelo controle dos impulsos. Isso torna mais difícil resistir aos impulsos e pensar nas consequências a longo prazo (15).

Entorpecimento emocional

Muitos usam drogas para escapar de emoções dolorosas. Com o tempo, esse mecanismo de enfrentamento fica enraizado, criando um ciclo de dependência (16).

Como funciona a mente de um dependente químico?

Essa é uma questão complexa e com várias camadas de responsabilidade, que vão do indivíduo à sociedade como um todo.

O dependente químico tem responsabilidade pessoal, especialmente no momento de buscar ajuda e se comprometer com a recuperação. Ainda que ninguém escolha ser dependente, algumas decisões contribuem para o desenvolvimento do vício.

A família também tem um papel importante. Relações familiares problemáticas, traumas e comportamentos que facilitam o uso podem aumentar o risco de dependência. Por outro lado, o apoio familiar é essencial na recuperação (17).

O ambiente social influencia bastante. Fatores como pobreza, exclusão, estigmas e falta de acesso à saúde mental aumentam a vulnerabilidade ao uso de drogas (18).

Empresas farmacêuticas e o sistema de saúde têm sua parcela de responsabilidade quando há prescrição excessiva de medicamentos como opioides ou falhas na regulação (19).

Por fim, o papel do governo e dos formuladores de políticas é crucial. Leis ineficazes, falta de educação sobre drogas e ausência de tratamento acessível podem piorar o problema. É preciso investir em prevenção e em políticas de recuperação.

A desintoxicação costuma ser a primeira etapa do tratamento para substâncias que causam abstinência física (por exemplo, álcool, benzodiazepínicos, opioides). A supervisão médica é fundamental para controlar os sintomas de abstinência, evitar complicações e iniciar o tratamento de longo prazo (20).

Para a dependência de nicotina, os tratamentos incluem terapias de reposição de nicotina, bupropiona e vareniclina. O transtorno por uso de álcool é tratado com naltrexona, acamprosato e dissulfiram. O vício em opioides é tratado com metadona, buprenorfina (geralmente com naloxona), naltrexona e medicamentos para a abstinência, como lofexidina ou clonidina. Os vícios em cannabis e depressores (por exemplo, benzodiazepínicos) atualmente não têm medicamentos aprovados, e o tratamento se baseia em terapias comportamentais. Os transtornos por uso de estimulantes (p. ex., cocaína, metanfetamina) também não têm medicamentos aprovados, embora drogas como modafinil, bupropiona, topiramato e mirtazapina possam ser usadas off-label. Em geral, esses tratamentos farmacológicos são combinados com terapias comportamentais para melhorar os resultados (21).

A psicoterapia e as intervenções comportamentais são fundamentais no tratamento da dependência. A terapia cognitivo-comportamental ajuda o paciente a reconhecer e modificar pensamentos e comportamentos disfuncionais relacionados ao uso de drogas. Já a Entrevista Motivacional trabalha a ambivalência, estimulando a motivação interna para a mudança (22, 23).

Outras abordagens incluem o Gerenciamento de Contingências, que utiliza recompensas para incentivar a abstinência, e os programas de 12 etapas, como os Alcoólicos Anônimos, que oferecem apoio entre pares e promovem crescimento pessoal e espiritual ao longo da recuperação (24).

Envolver a família no tratamento ajuda a reconstruir relacionamentos e fornece um sistema de apoio para a recuperação. Os recursos da comunidade, como grupos de apoio, ambientes de vida sóbria e assistência para emprego, podem ajudar na reabilitação de longo prazo (25).

A prevenção de recaídas baseada na atenção plena, a ioga, a acupuntura e a terapia nutricional estão cada vez mais integradas aos planos de tratamento abrangentes. Embora não substituam os tratamentos médicos, eles ajudam a gerenciar o estresse, melhorar o bem-estar e reduzir o risco de recaída (26).

A recuperação é um processo que dura a vida toda. A recaída é comum e deve ser vista como parte da jornada, não como um fracasso. O apoio contínuo, seja por meio de terapia, medicação, grupos de colegas ou mudanças no estilo de vida, é fundamental para a sobriedade sustentada.

Tratamento da dependência química

Na The Balance Rehab Clinic o tratamento da dependência química é personalizado e holístico, focando nas causas profundas do vício. Em um ambiente exclusivo e luxuoso, o paciente recebe cuidados integrados que promovem equilíbrio físico e emocional, garantindo uma recuperação eficaz e duradoura.

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