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Os relacionamentos denominados de tóxicos são próprios de relações entre parceiros em que um destes é portador de significativos traços psicopatológicos – indivíduos psicopatas.
A prevalência de psicopatas na sociedade é bastante significativa, sendo sabido que estes indivíduos podem ser pessoas com um elevado desempenho profissional, em particular nos contextos altamente competitivos, mas as suas relações íntimas tendem a ser destrutivas e bastante penalizadoras para os seus parceiros.
Os traços psicopáticos podem coexistir em maior ou menor grau e serem dinâmicos de acordo com as circunstâncias. Os psicopatas são pessoas com traços que não os transformam necessariamente em criminosos, mas que possuem uma personalidade marcada por comportamentos antissociais, défice de capacidade de empatia e remorso, ousadia, resiliência emocional, crueldade, impulsividade e traços extremamente egotistas (Pepelasi, 2018).
A psicopatia é, com efeito, uma síndrome caracterizada por certos traços interpessoais (delírios de grandeza e enganadora), afetivos (falta de remorsos e emoções superficiais), sociais (défice de controlo de impulsos e, por vezes, envolvimento em atividades criminosas) e atitudinais (impulsividade e comportamentos temerários, arriscados).
A ausência de preocupação com as consequências dos próprios atos, desde que estes se traduzam em benefícios pessoais ou auto-gratificações, deve-se a uma insensibilidade moral relativamente às implicações dos seus atos para as outras pessoas (Forth et al., 2022).
Os relacionamentos tóxicos são caracterizados sobretudo por padrões comunicacionais não saudáveis entre parceiros, em que a conflitualidade é rotineira. Nestes relacionamentos, um dos parceiros tende a anular as perspectivas do outro, impondo a sua natureza competitiva.
São relações marcadas por mal estar entre os parceiros e ausência de entreajuda. As relações tóxicas podem tornar-se altamente destrutivas com o tempo e com a consolidação dos padrões de dominação, controlo e anulação da vítima.
A dominação e a discriminação são dois componentes de uma relação qualitativamente pobre, que se podem verificar em relacionamentos afetivos hetero ou homossexuais. Tais elementos de poder são próprios da masculinidade tradicional dominante, uma masculinidade socializada na supressão das emoções de modo a manter a dominação sobre a mulher (Villarejo-Carballido et al., 2022).
Em sentido oposto, relações saudáveis apresentam maior satisfação relacional e demonstração reiterada de afetos positivos. Este tipo de relações é fomentado por homens que procuram relações afetivo-sexuais baseadas no desejo e no amor, afastando-se assim de pessoas com valores não igualitários e/ou violentos. Este tipo de masculinidade rejeita atitudes negativas como o sexismo, o racismo e a dualidade de critérios. Por conseguinte, esta masculinidade rejeita publicamente atitudes não igualitárias (idem).
As características de um relacionamento tóxico são particularmente evidentes para qualquer vítima. A principal dificuldade não é tanto identificar que se está num relacionamento tóxico, mas a quebra dos laços e interdependências que mantém nele as suas vítimas.
As relações de dependência são do tipo económico, parental, familiar, habitacional ou de divergência de poder.
Embora algumas relações tóxicas possam ser reabilitadas com apoio externo e psicoterapia – caso tal haja vontade e motivação por parte de ambos os parceiros -, algumas relações escalam e progridem inexoravelmente em nível de toxicidade e violência que impede a reparação dos danos para os envolvidos e para aqueles que com eles privam.
Para sistematizar os principais sinais de relacionamento tóxico, Kirkman (2015) conduziu um extenso estudo sobre vítimas, com aplicação de entrevistas em que foi possível identificar os principais comportamentos e atitudes por parte do agressor:
A totalidade das vítimas destacou o charme e a ligeireza usados pelo agressor para facilitar o início do relacionamento e o seu desenvolvimento rápido para a formalização da união por via da coabitação ou do matrimónio. Assim, as histórias de vida relatadas pelas vítimas, são marcadas pelo ritmo a que as relações progridem e se estabelecem.
Esse ritmo foi um tema recorrente dos seus relatos, com muitas das vítimas a viverem na mesma habitação com o agressor, ou a casarem-se com ele (por insistência deste) após pouco tempo de se conhecerem. Esta precipitação da relação por parte do agressor, parece produzir o clima propício aos abusos e a eventual vitimização da parceira que ocorrerá neste contexto.
Todas as vítimas relataram a presença da mentira em todas as dimensões do relacionamento tóxico. Estas mentiras são descritas frequentemente como de natureza intrincada ou bizarra, passando pelo uso de identidades falsas, de uniformes militares ou de forças de autoridade, profissões falsas associadas a elevados rendimentos.
Muitos relatos das vítimas apontam para comportamentos representativos de violência económica. Muitos dos agressores vivem de modo parasítico, às custas da vítima, levando-a muitas vezes a contrair créditos para benefício do agressor. São relatados também casos em que o agressor adquire bens e serviços sem conhecimento da vítima. O agressor revela dificuldades em manter empregos, perpetuando a sua dependência económica relativamente à vítima, mesmo através de esquemas fraudulentos e sub-reptícios.
Os comportamentos de abuso emocional e psicológico são relatados reiteradamente pelas vítimas e podem ser facilmente enumerados:
Os relatos das vítimas demonstram uma elevada prevalência de relacionamentos extraconjugais por parte dos agressores. Estes relacionamentos paralelos tendem a acontecer no círculo de relações da vítima.
A maioria das vítimas relata situações de sujeição a comportamentos que visam o seu isolamento, nomeadamente:
Uma larga percentagem das vítimas de relacionamentos tóxicos relata episódios de violência física ou sexual. As agressões corporais tendem a acontecer sem aviso prévio ou a pretexto de coisas sem importância. A violência sexual é também recorrente.
Foram reportados comportamentos dirigidos às crianças pertencentes ao agregado familiar, na sua maior parte filhos de ambos os membros do casal:
Não foram reportados quaisquer comportamentos de abuso sexual de crianças, mas é comum haver relatos em que estas são usadas como arma de arremesso contra a vítima, por via de ameaças de morte ou de rapto das crianças.
As relações abusivas têm um impacto negativo na auto-estima. Como a opinião da vítima é desvalorizada pelo seu parceiro, ela torna-se um membro passivo do casal. Pode sentir-se envergonhada, culpada e desiludida com o resultado negativo da relação, que muitas vezes é iniciada com emoções positivas e expectativas de amor e romance.
As vítimas nesta situação experimentam um “encolhimento do eu”, uma vez que renunciam a vários componentes da sua identidade (o seu trabalho, as suas ideias e convicções, a pertença a grupos sociais) e fazem sacrifícios cada vez maiores para se adaptarem à natureza imprevisível do parceiro, monitorizando constantemente o ambiente e o seu próprio comportamento, enquanto tomam medidas para não provocar conflitos.
A confiança pode ser mais afetada pelos maus tratos emocionais do que pelos maus tratos físicos, que podem provocar o imobilismo, porquanto a auto-estima é tão diminuída que as vítimas se sentem incapazes de abandonar uma existência terrível (Tierney & Fox, 2011).
A decisão de abandonar uma relação abusiva decorre maioritariamente de certos fatores identificáveis na vítima, designadamente, uma maior sensação de desespero, o facto de a violência se tornar mais visível e recorrente, e a perceção da gravidade da situação – muitas vezes através de alertas de amigos e familiares.
A saída pode ser considerada como um processo. Por isso, depois de um episódio particularmente mau, a vítima pode procurar ajuda externa. Mas a cessação dos laços com o agressor pode levar tempo. A vítima pode reatar o relacionamento antes de tomar uma decisão definitiva de corte (Tierney & Fox, idem).
Na luxuosa clínica The Balance, na ilha de Maiorca, Espanha, vítimas e agressores de relacionamentos tóxicos podem obter os melhores tratamentos de saúde mental e psicoterapia para se reabilitarem a si mesmos e, se possível, aos seus relacionamentos afetivos.
Forth, A., Sezlik, S., Lee, S., Ritchie, M., Logan, J., & Ellingwood, H. (2022). Toxic Relationships: The Experiences and Effects of Psychopathy in Romantic Relationships. International Journal of Offender Therapy and Comparative Criminology, 66(15), 1627–1658.
Kirkman, C. A. (2005). From soap opera to science: Towards gaining access to the psychopaths who live amongst us. Psychology and Psychotherapy: Theory, Research and Practice, 78(3), 379–396.
Pepelasi, C (2018). The Scientific Signs You Are In a Relationship with a Psychopath. NeuroscienceNews, 2018. Acedido em junho de 2023 em https://neurosciencenews.com
Tierney, S, Fox, JRE. (2011). Trapped in a toxic relationship: comparing the views of women living with anorexia nervosa to those experiencing domestic violence. Journal of Gender Studies, 20(1), 31–41.
Villarejo-Carballido B, Pulido CM, Zubiri-Esnaola H, Oliver E. Young People’s Voices and Science for Overcoming Toxic Relationships Represented in Sex Education. Int J Environ Res Public Health. 2022 Mar 11;19(6):3316.
A Balance RehabClinic é uma provedora líder de tratamento de dependência de luxo e saúde mental para indivíduos ricos e suas famílias, oferecendo uma mistura de ciência inovadora e métodos holísticos com atendimento individualizado incomparável.
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