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Clinicamente editado e revisado por THE BALANCE Esquadrão
Fato verificado

Não obstante sua reputação de um auxílio relativamente seguro para dormir, o uso do zolpidem vem sendo associado a certos efeitos potencialmente adversos (1), sendo certo que as mulheres têm mais probabilidade de apresentar reações adversas ao zolpidem do que os homens (2). Têm mais de 45 anos de idade a maior parte dos pacientes que apresentam problemas com zolpidem. 

Leia também: Vício em Zolpidem

Embora os médicos possuam orientações para prescrever zolpidem na metade da dose normal para pacientes idosos, as doses completas do medicamento estão sendo aplicadas em inúmeros pacientes com mais de 65 anos (3). 

Podem ocorrer problemas médicos graves se os pacientes combinarem álcool ou outros medicamentos com zolpidem (4). Cerca de 50% dos casos de emergência relacionados ao zolpidem envolvem outros medicamentos, incluindo analgésicos opióides, medicamentos ansiolíticos e outros medicamentos sedativos e hipnóticos.

Zolpidem é uma droga potente que pode resultar em overdose, especialmente entre pessoas que fazem uso indevido do medicamento e desconhecem os efeitos colaterais da droga (5). Além disso, certos pacientes que receberam prescrição de zolpidem podem ter sido não ter sido aconselhados a não combinar o medicamento com outras drogas ou álcool.

Conhecer os sinais de uma overdose de zolpidem pode ajudar as pessoas e os entes queridos a saber quando é hora de chamar o tratamento médico de emergência.

Superdosagem: sintomas

Os sinais e sintomas de overdose de zolpidem podem incluir:

  • ritmo cardíaco lento;
  • sonolência;
  • inconsciência;
  • confusão;
  • alucinações;
  • respiração lenta ou parada;
  • pressão arterial baixa.

Se alguém tiver desmaiado, parado de respirar ou não estiver respondendo após tomar uma dose alta de zolpidem sozinho ou com outros medicamentos, procure atendimento médico imediatamente, chame ajuda médica de emergência ou leve o paciente a um centro de atendimento de emergência.

Quando a ajuda estiver a caminho, você poderá cuidar da pessoa. Se você presenciar uma suspeita de overdose de zolpidem, você deve:

  • Certificar-se de que suas vias aéreas estejam desobstruídas;
  • Remover qualquer objeto que se encontre em volta do pescoço da pessoa, como um colar ou uma gravata, assegurando-se de que consegue respirar.
  • Checar por descoloração (tonalidade azulada) nas pontas dos dedos ou nos lábios, monitorizando a sua respiração e não administrando nada que provoque vômito.

Quando o paciente estiver sob os cuidados de profissionais médicos, ele será monitorado quanto à respiração, circulação e função cardíaca adequadas. Os profissionais médicos não costumam usar flumazenil (um medicamento usado para o tratamento de overdose de benzodiazepínicos) em pacientes que tiveram overdose de zolpidem. Em vez disso, o tratamento usual para uma overdose de zolpidem é a lavagem gástrica (bombeamento do estômago) e o monitoramento rigoroso dos sinais vitais do paciente.

Tanto o zolpidem quanto o álcool atuam nos receptores GABA do cérebro, aumentando os efeitos de ambos os medicamentos. Simultaneamente, as duas drogas também deprimem o sistema nervoso central, que é responsável pelo controle da frequência cardíaca, da função cerebral e da respiração. Quando os dois fármacos atuam conjuntamente, seus efeitos colaterais podem ser amplificados e causar problemas físicos graves. A mistura de zolpidem e álcool pode resultar em problemas graves de saúde, como: 

A conjugação de zolpidem com qualquer outro medicamento também pode ser perigosa, pois aumenta a chance de sofrer aquelas reações adversas. Inúmeros medicamentos interagem com o álcool de algum modo, seja amplificando os efeitos um do outro ou causando efeitos colaterais perigosos quando consumidos em simultâneo.

Os efeitos colaterais da mistura de zolpidem e álcool são aqueles que são comuns em bebedores pesados. As interações perigosas entre substâncias podem também ocorrer quando zolpidem é misturado durante um único episódio de consumo de álcool. Isso ocorre porque o corpo leva várias horas para metabolizar e excretar zolpidem de seu sistema. Por esse motivo se recomenda que as pessoas evitem beber completamente quando estiverem cumprindo tratamento com zolpidem.

Além dos efeitos prejudiciais de curto prazo do abuso de zolpidem, podem surgir vários problemas de longo prazo. A combinação de álcool com zolpidem pode causar danos ao fígado, aos rins, ao cérebro, ao coração e ao pâncreas. Zolpidem pode adulterar o comportamento e as capacidades cognitivas, causando, por exemplo, o aumento da agressividade e da irritabilidade em alguns usuários.

Os problemas associados ao abuso simultâneo de álcool e zolpidem incluem:

  • Câncer de fígado;
  • Cirrose;
  • Hepatite alcoólica;
  • Coração aumentado e enfraquecido;
  • Batimentos cardíacos irregulares;
  • Acidente vascular cerebral (AVC);
  • Comportamento agressivo;
  • Confusão;
  • Alucinações;
  • Parada respiratória;
  • Coma;
  • Morte.

As doses de zolpidem prescritas por médicos encontram-se na faixa de 5 a 10 mg. Quando o paciente vai para lá dessa dosagem, aumenta exponencialmente o perigo de consequências adversas. Muitos usuários recreativos relataram a ingestão de doses elevadas, entre os 400 e os 600 mg, o que decerto provoca overdose mas que não é mortal.

Investigadores sugerem que a quantidade letal de zolpidem é de aproximadamente 2000 mg, sendo prudente ressalvar que a letalidade pode ocorrer abaixo da ingestão de tal quantidade. Com 2000 mg, uma pessoa teria que consumir 200 comprimidos de 10 mg, o que pressupõe intencionalidade e não incidente.  

Certas outras práticas inseguras relacionadas ao uso de drogas podem aumentar os riscos de uma overdose, como adulterar o zolpidem e tomá-lo de forma não recomendada e sob um padrão de consumo abusivo, como mastigá-lo, cheirá-lo ou injetá-lo. A redução de tamanho do comprimido inibe qualquer mecanismo de proteção do medicamento, pois a droga entra na corrente sanguínea de forma abrupta e imediata.

Quando o zolpidem é usado em conjunto com outras drogas, principalmente sedativos, analgésicos ou álcool, é mais provável que ocorram overdoses (6). Zolpidem e álcool é uma combinação especialmente perigosa mas comum.

A dose letal de uma droga como o zolpidem não será a mesma para todos. Vários fatores pessoais e biológicos podem afetar a quantidade necessária de uma droga para que ela tenha consequências fatais.

Os fatores que podem afetar a dose letal de zolpidem incluem:

  • idade;
  • metabolismo da droga;
  • função hepática e renal;
  • tolerância à droga;
  • histórico de uso de substâncias;
  • uso de outros medicamentos com zolpidem;
  • composição corporal (como por exemplo, a massa corporal)

A idade avançada, a função renal e hepática prejudicada e o uso de zolpidem com outros medicamentos (incluindo álcool) estão associados a um risco maior de overdose grave de zolpidem (7).

A recomendação é que os médicos que prescrevem o zolpidem apliquem a menor dose eficaz durante o menor tempo possível para tratamento da insônia (9). Essa orientação de dosagem é específica para o zolpidem de liberação imediata, e não para as outras formas de apresentação do medicamento, como o spray oral ou os comprimidos de liberação prolongada.

A dose inicial aconselhada é de 5 ou 10 mg por dia para os homens e 5 mg para as mulheres. A dose máxima de zolpidem é de 10 mg por dia. A dose aconselhável para os idosos ou pacientes com doença hepática é de 5 mg por dia. Podem ser necessárias doses menores de zolpidem para pessoas que estejam tomando outros medicamentos e depressores do sistema nervoso central, como opióides e álcool.

Se a insônia não melhorar com zolpidem após 7 a 10 dias de uso, poderá ser necessário equacionar outras condições psiquiátricas ou fisiológicas causadoras do problema.

O zolpidem geralmente não é recomendado na gravidez porque pouco se sabe sobre seu efeito no bebê (8).

Se você engravidar enquanto estiver tomando zolpidem, fale com seu médico. Ele a ajudará a decidir o que fazer e poderá trocá-la por um medicamento mais adequado para a gravidez.

O zolpidem pode causar sonolência ou sintomas de abstinência, como agitação, em bebês recém-nascidos. Tomar zolpidem no final da gravidez aumenta as chances de seu bebê ter esses problemas. Seu bebê pode precisar ficar no hospital para monitoramento extra por alguns dias após o nascimento.

O método mais seguro de prevenir a overdose de zolpidem é não usar a droga. Porém, em caso de adição, o tratamento da dependência de drogas pode ser benéfico para si ou alguém que conheça. As clínicas de reabilitação em saúde mental direcionadas para tratamento de dependências encontram-se preparadas para uma combinação de terapias que ajudam a superar a dependência. Na sua maioria, oferecem aconselhamento individual, terapias grupais e treino de capacidades para superação da adição ao zolpidem:

  • Um dos tratamentos eficazes é a terapia cognitivo-comportamental, utilizada em centros para tratamento de dependências, com enfoque no autoconhecimento do paciente, dos seus pensamentos e comportamentos nefastos e prejudiciais à saúde, bem como a escolher hábitos de vida saudáveis e tratamentos não farmacológicos; 
  • As entrevistas motivacionais permitem ao paciente identificar seus recursos intrínsecos atinentes à superação do vício;
  • Certas clínicas de tratamento e reabilitação possibilitam visitas de família e amigos ao longo do tratamento, podendo igualmente ser disponibilidade terapia familiar ou de casal.

A clínica de saúde mental The Balance, em Maiorca, Espanha, dispõe da equipe de profissionais de saúde mental que melhor pode ajudar a enfrentar a sua dependência de zolpidem. Aceda às melhores terapias clínicas para tratamento da sua adição e desfrute do equipamento mais exclusivo e discreto que a sua superior exigência lhe pode proporcionar.

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